Impossível saída
A chamada “grande imprensa,” reunindo Folha de S. Paulo, Globo, etc., resolveu discutir o número de pessoas presentes nas manifestações, para saber se merecem crédito ou não. Ninguém faz nada. Milhões e milhões de pessoas vão às ruas, pedindo o impeachment da presidente e o fim da corrupção, mas o que se discute nos altos escalões é se os atuais protestos estão reunindo mais gente do que os anteriores.
O que desejam, afinal, os quadrilheiros do PT? Que se invada o Palácio do Planalto e se arranque Dilma de lá? O recado está mais do que dado. Todos sabem que a presidente, de quem se começa a duvidar seriamente a respeito da saúde mental, é cúmplice de ladrões, tolerante com a roubalheira, despreparada e que não consegue mais se deslocar sem ser vaiada nem é ouvida quando se propõe a falar pela televisão.
Quem desenha o cenário de mando político, dentro de um sistema como o nosso, é a economia. E a nossa se encontra inteiramente desorganizada, dependente do consumo exacerbado de bens de consumo e de automóveis que entopem as estradas, paralisando as cidades. Some-se a isso a corrupção generalizada, drenando todos os recursos financeiros disponíveis e irá se compreender o caos.
Mas ainda tem mais: a crise ambiental, sobre a qual ninguém fala, anunciando a falta de água e iminente colapso energético. O Brasil parece caminhar para uma ditadura. Vai ser impossível organizar sociedade tão desarrumada, onde o sistema educacional faliu, as instituições demonstram enorme fragilidade e as emissoras de televisão despejam pornografia o dia inteiro, banalizando canalhice e bandalheira.
An impossible way out
The so-called “mainstream media” (“Folha de S.Paulo”, “O Globo” etc) has decided to debate the number of people attending the demonstrations to determine if they deserve credit or not. No one does anything. Millions and millions get to the streets and ask for the president’s impeachment and the end of corruption, but what’s being discussed at the top is if the current wave of protests is gathering more people than the previous ones.
What do the Workers Party gang members wish? That the Planalto Palace is invaded and that Dilma is sacked from there? The message has been given, crystal clear. Everybody knows that the president (of whom serious doubts have been raised about her mental health) is an accomplice to thieves, is tolerant with the stealing, is unprepared and cannot move around without being booed, being unable to communicate even when she tries to deliver a speech on TV.
The economy is the designer of the political scene in a system like ours. Our economy is completely disorganized, dependent of a high level of consumption of consumer goods and automobiles that clog the roads, paralyzing the cities. Add the generalized corruption that drains all available financial resources to that picture and one will be able to understand the chaos.
But there’s more: the environmental crisis — that no one talks about, revealing the imminent lack of water and energy collapse. Brazil seems to be moving towards a dictatorship. It will be impossible to organize such a disorganized society where the educational system has failed, the institutions demonstrate an enormous weakness and the television networks dump pornography all day long, vulgarizing dishonor and indecency.